Israel
reclama formalmente de votos do Brasil na ONU
Presidente israelense pede
“agenda positiva entre os dois países"
por Jarbas Aragão
O presidente de Israel, Reuven Rivlin, fez uma cobrança pública nesta
quinta-feira (15) ao novo embaixador brasileiro no país, Paulo Cesar Meira de
Vasconcellos. Ele reclamou do voto do Brasil na UNESCO em 2 de maio, onde o Brasil ficou ao lado dos países muçulmanos e votou
pela negação da soberania israelense sobre Jerusalém.
Na resolução, apoiada pelo governo brasileiro, Israel é chamado de
“poder ocupante” em Jerusalém e que não possui nenhum laço histórico ou legal
com qualquer parte da cidade.
Rivlin discursou durante a cerimônia de entrega de credenciais a quatro
novos embaixadores, vindos de Nepal, Honduras, Tanzânia e Brasil.
Sua crítica ao Brasil revela o quanto os israelenses estão irritados com
a postura do governo Temer. “Não há um só brasileiro que não saiba da conexão
entre o povo judeu e Jerusalém. Nem mesmo a Unesco pode mudar isso. A decisão
deveria ser esquecida, deveria realmente ser modificada e eu peço que o governo
brasileiro reconsidere seu voto”, disparou.
“Nossa amizade data da criação do Estado de Israel. Como as relações
bilaterais envolvem muitos campos de cooperação e temos que aperfeiçoá-las, me
dedicarei à agenda positiva entre os dois países”, finalizou, lembrando que as
relações entre Israel e o Brasil “são muito importantes” e deixando claro que
elas poderiam ser ampliadas.
O Ministério das Relações Exteriores não se manifestou sobre a cobrança. Com
informações Folha de SP
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