Escolas
de Porto Seguro aderem à leitura bíblica e oração
“Nela [a Bíblia] tem mensagens
como honrar o pai e a mãe, como proteger as pessoas, amar as pessoas sempre e
amar a um Deus sob todas as coisas.”, defende autor do projeto
por Tiago Abreu
Em Porto Seguro, uma das maiores cidades do estado da Bahia, um decreto
polêmico, mas de cumprimento facultativo, chegou às escolas da cidade. O decreto
prevê a liberdade de professores em lerem trechos da Bíblia e promoverem
orações em sala de aula.
O projeto, sancionado em 5 de junho pela prefeita Claudia Silva Santos
Oliveira, é de atividade opcional e, de acordo com informações divulgadas pelo G1, não há
dados de quantas escolas aderiram.
O vereador Kempes Rosa (PPS-BA) foi o autor do projeto de lei e, em
entrevista, defendeu suas ideias. “Nela [a Bíblia] tem mensagens como honrar o
pai e a mãe, como proteger as pessoas, amar as pessoas sempre e amar a um Deus
sob todas as coisas. O mundo hoje, as pessoas estão aí fora tentando se
destruir. Eu acho que é importante passar uma mensagem de paz, harmonia”.
A professora Elizabeth Doro foi a favor e acredita que os estudantes
serão beneficiados. “O que é a ética? O que é a moral? O que é o respeito pelo
próximo? O que é a coragem, sabedoria, paciência a tolerância? Tudo o que eles
têm que ter na infância, na juventude”.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) está investigando a Lei Municipal.
Wallace Barros, promotor da área de educação, acredita que o decreto fere a
laicidade prevista na Constituição de 1988.
Tales de Oxó Guian, um pai de santo, acredita que outras religiões
precisam da mesma abertura. “Não tenho nada contra, acho que é muito bacana,
desde que se permita falar de tudo. Eu acho que até bonito que os nossos filhos
aprendam mais sobre religiosidade, porque hoje em dia eles não têm uma religião
própria, pois os pais estão impondo o que eles devem fazer”.
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