Canadá
proíbe escola cristã de ensinar partes “ofensivas” da Bíblia
Conselho proibiu instituição de
ensinar partes da Bíblia consideradas “ofensivas”
por
Jarbas Aragão
A Cornerstone Christian Academy, no Estado de Alberta, Canadá, foi
proibida de ensinar os trechos das Escrituras que podem ser consideradas
“ofensivos”.
A presidente do Distrito Escolar de Battle River, Lauri Skorki, mandou
avisar a diretora da escola que “qualquer versículo que possa ser considerado
ofensivo a indivíduos em particular não deve ser lido nem estudado na escola”.
Skori acredita ainda que seria inadequado que a escola compartilhe
“qualquer ensinamento que denigra ou vilipendie a orientação sexual de alguém”.
“Estamos falando sobre liberdade de culto, mas também de liberdade de
expressão”, disse Deanna Margel, diretora da escola.
“Precisamos que cada palavra da Bíblia venha nos desafiar, nos chamar a
uma compreensão maior. Isso é tão importante”.
No último dia 15, a diretoria da escola se reuniu para debater a
questão, mas a presidente do distrito escolar reclamou que a instituição estava
transformando a “discussão em um espetáculo público”.
Ela também reclama que a escola Cornerstone “quebrou nossa confiança” e
estava tentando “criar polêmicas” ao chamar atenção para esse assunto.
“Essas ações junto a sociedade não apenas prejudicaram nosso
relacionamento, mas colocaram nossos filhos, nossa equipe, nossa escola e nosso
distrito escolar em perigo”, alegou, sem detalhar como isso ocorreria.
A Conerstone é uma escola confessional, mas como recebe subsídios do
governo aparece na categoria “escola alternativa”. Ela defende ter o direito de
ensinar valores cristãos, mas Skori está pressionando a instituição para cessar
essa prática.
Vários passos nesse sentido vêm sendo dado desde o início do ano. O
distrito escolar, que supervisiona as atividades escolares, mandou que a
Cornerstone apagasse de seu site uma passagem de 1 Coríntios que condenava a
homossexualidade.
Também foi pressionada a remover um versículo sobre imortalidade que
estava escrito em uma das paredes da escola.
Cansada das ameaças contra a liberdade de culto, a escola cristã
procurou os advogados que trabalham no Centro de Justiça para a Liberdade
Constitucional. A questão se judicializou e pode abrir precedente de um debate
que atinge todas as escolas públicas do Canadá.
John Carpay, presidente do Centro de Justiça, lembra que “O compromisso
de neutralidade do governo, exigido pela Suprema Corte do Canadá, significa que
um conselho escolar não pode determinar se os versículos da Torá, do Alcorão,
do Novo Testamento ou do Guru Granth Sahib são aceitáveis ou não”.
Ele comunicou que levará adiante a defesa da escola ensinar seus
princípios, inclusive os bíblicos, sem ser censurada pelo Estado. Com
informações CBN
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