CGADB
CONSEGUE LIMINAR E JOSÉ WELLINGTON JUNIOR DISPUTA ELEIÇÕES
Pleito marcado por “guerra” na Justiça ocorre neste
domingo
por
Jarbas Aragão
As eleições da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil)
mais parecem um roteiro de filmes de Hollywood, com mudanças bruscas e
reviravoltas inesperadas. O capítulo mais recente da trama ocorreu na véspera
do pleito, que ocorre neste domingo (9).
O pastor José Wellington Júnior, filho do atual presidente, havia sido retirado da corrida ao cargo em
8 de fevereiro pelo juiz Levine Raja Gabaglia Artiaga, que cassou por meio de
liminar sua candidatura e também afastou o presidente e vice-presidente da
comissão eleitoral Antonio Carlos Lorenzetti de Melo e Wilson Pinheiro Brandão.
A liminar acatada pelo juiz no Amazonas, foi requerida pelo pastor
ligado à convenção Efraim Soares de Moura, que elencou diversas
irregularidades, entre elas o fato de José Wellington – filho do atual
presidente José Wellington Bezerra da Costa – não ter se desincompatibilizado
do cargo de presidente da CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus).
De acordo com a regra expressa no edital que regulamenta o processo
eleitoral, diretores da editora estão impedidos de se candidatar. Moura alega
que a desincompatibilização deveria ter sido informada por meio de documentos
no ato do registro, o que não foi realizado.
Também foram descobertas pela Justiça irregularidades no processo de
votação, por parte da cúpula da CGADB. Em meio a uma “guerra de liminares”,
está o futuro da maior convenção evangélica de pastores do país.
Nos últimos 25 anos o pastor José Wellington Bezerra da Costa liderou a
denominação, mas não quer mais concorrer, preferindo indicar seu filho. Com a
candidatura cassada de seu possível sucessor, a disputa seria entre o pastor
Samuel Câmara, de Belém do Pará e Cícero Aparecido Tarjim, de Alto Piriqui, no
Paraná.
Além da disputa pela legitimidade de sua candidatura, foram comprovadas
irregularidades na empresa Scytl Soluções em informática, que comandaria o
processo. Por ordem judicial, 10.479 inscrições para votação foram canceladas,
pois dentre elas existiam “pastores” cadastrados que não existem ou já estão
mortos.
O Supremo Tribunal de Justiça decidir juntar no fórum de Madureira, no
Rio de Janeiro, os 14 processos em andamento. Nesta sexta, o Juiz Thomas Souza
decidiu manter todas as intervenções e punições em caso de desobediência ou
obstrução da justiça, e o cancelamentos das inscrições irregulares. Ao mesmo
tempo, devolveu a José Wellington da Costa Jr. o direito de concorrer no pleito
de domingo.
Com o cumprimento de outras duas liminares, foi afastada toda a comissão
eleitoral e nomeado como “interventor” o dr, Márcio José Oliveira da Costa, que
estará no comando na eleição de domingo. Os convencionais com inscrição
regularizada poderão votar pela internet entre a meia-noite e as 18 horas.
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