ESTADO MUÇULMANO PROMETE ELIMINAR SUA COMUNIDADE
GAY EM 30 DIAS
Denúncias
sobre práticas abusivas do governo da Chechênia se multiplicam
por
Jarbas Aragão
Chechênia é um Estado
semiautônomo dentro da Rússia que declarou sua independência após o fim da
União Soviética. Contudo, essa autonomia não foi reconhecida por nenhum país.
Foi formado um governo checheno, que está subjugado em última instância à
Rússia.
De maioria muçulmana, sabe-se
que no território checheno é aplicada a sharia, lei religiosa islâmica. O seu
atual presidente, Ramzan Kadyrov, vem sendo denunciado por organismos
internacionais por ter criado “campos de concentração” para homossexuais.
Há relatos da instituição
Human Rights Watch sobre um massacre no qual 100 homens homossexuais foram
reunidos, detidos e torturados. Três deles acabaram morrendo.
Alan Duncan, ministro das
Relações Exteriores do Reino Unido, veio a público anunciar que seu país soube
dos planos do Estado checheno de eliminar a população homossexual até o dia 26
de maio. A data marca o início do Ramadã, mês sagrado do islamismo.
O plano de “eliminar” a
comunidade homossexual do governo Kadyrov em nome da religião vem sendo
condenada por diferentes organismos, mas até o momento o presidente Putin não
se manifestou sobre o assunto.
O porta-voz do governo da
Chechênia negou a veracidade das informações, e afirma que não existem homossexuais
no país. “Se estas pessoas existissem na Chechênia, as agências da lei não
precisariam lidar com elas, porque seus parentes as enviariam a um lugar de
onde elas não poderiam retornar”, asseverou.
O assunto foi debatido no
início deste mês por um painel de consultores especialistas do Conselho de
Direitos Humanos das Nações Unidas, que diz haver comprovação da existência de
“atos de perseguição e violência, de uma escala sem precedentes na região, que
constituem violações sérias das obrigações da Federação Russa”.
O jornal russo Novaya Gazeta
publicou reportagens mostrando a existência de pelo menos seis prisões na
Chechênia que funcionavam no estilo de campos de concentração. São
penitenciárias adaptadas que abrigam somente pessoas detidas por conta das suas
orientações sexuais. O jornal entrevistou também vítimas que conseguem fugir
quando os familiares oferecem altas propinas para os policiais. Com
informações de Yahoo UK
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