TEÓLOGO
DEFENDE “A CABANA”: CRÍTICAS SÃO SUPERFICIAIS
Filme divide opiniões de teólogos
por mostrar Deus de forma não convencional
por Jarbas Aragão
Um professor de teologia surpreendeu ao fazer a
defesa do filme “A Cabana”, que vem tendo um bom desempenho nas bilheterias de
vários países. Roger E. Olson é batista e ensina ética e teologia no Seminário
George W. Truett, da Universidade de Baylor, Texas. Ele acredita que a maioria
dos críticos estão sendo “superficiais” ao questionarem apenas o porquê de Deus
ser representado no longa como uma mulher negra.
Em seu blog para o site Patheos, especializado em
religião, Olson escreveu: “Posso apenas dizer que estou muito desapontado com
as respostas dos cristãos evangélicos ao livro e ao filme. Em minha opinião,
alguns são extremamente superficiais e
desdenhosos”.
Para o professor, muitas pessoas estão reclamando
do filme sem terem ido assisti-lo e repetem o mesmo argumento, que tem forte
inclinação ao que ensinam calvinistas, historicamente avessos a representações
visíveis de Deus.
Olson, que é arminiano, diz que não há nada errado
em termos uma imagem visível de Deus, como mostra o longa. “Claro, não espero
que os calvinistas gostem da teologia do filme, mas esperava que pelo menos o
vejam antes de reclamar sobre isso”, provocou.
O professor de teologia diz que o filme, baseado no
livro do mesmo nome, apresenta uma “mensagem cristã muito forte, sem ser um
sermão ou palestra”. Segundo ele, a proposta do autor claramente não era fazer
um tratado teológico, mas contar uma história.
“Não precisamos concordar com todos os pontos da
mensagem, mas acredita que é sempre importante, especialmente para os cristãos,
ter discernimento bíblico ao ler qualquer livro ou assistir a qualquer filme”,
enfatizou.
O argumento de Roger E. Olson é, de certa maneira,
uma resposta a Albert Mohler Jr, presidente do Seminário Teológico
Batista do Sul, o qual reclamou em seu blog: “A Bíblia adverte contra
qualquer representação falsa de Deus e chama isso de idolatria”.
Outros teólogos, como Jerry Newcombe, optaram por
uma postura mais branda, dizendo que a história “trata com muita
liberdade a Pessoa de Deus” e que isso poderia dar a impressão errada aos
cristãos. Ele recomenda discernimento para todo expectador diferenciar o que é
o ensino bíblico e o que é entretenimento.
Há aqueles que, como o teólogo Steven D. Greydanus,
preferem não colocar limites sobre como Deus pode escolher apresentar-se.
“A Cabana não diz que Deus é realmente assim, mas
que escolheu manifestar-se dessa maneira ao personagem Mack ‘Philips,
interpretado no filme de Sam Worthington. Bem, quem pode dizer que Deus não
pode aparecer assim para alguém? Nenhuma interpretação imaginativa de Deus é
mais do que uma meia-verdade”, argumenta.
“A Cabana”, atualmente em exibição no Brasil, é uma
história que lida com a dor de uma profunda perda. Ele tem dividido opiniões,
não tanto por falar sobre o amor de Deus em meio as tragédias, mas principalmente
por ter atores femininos interpretando Deus e o Espírito Santo. Com
informações Christian Post
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