Fantástico
defende ideologia de gênero como “brincadeira de criança”
Globo transforma programa de
maior audiência da TV em panfleto ideológico
por
Jarbas Aragão
De muitas maneiras, a rede Globo é uma das grandes
defensoras da chamada ideologia de gênero. Seja através da ficção, como na
novela “A Força do Querer”, seja em programas de debate como o “Encontro”.
Na edição deste domingo (8) do Fantástico, a
abordagem foi bastante sutil, mas não menos perigosa. Tentando colocar como uma
“brincadeira de criança”, a reportagem de mais de cinco minutos – espaço grande
para a TV – mostrou como um casal e uma escola estão eliminando as tradicionais
barreiras entre o que é “de menino” e o que é “de menina”.
Por trás do discurso que esses conceitos não fazem
mais sentido, que são ultrapassados, pois eram coisas que nossos pais faziam, o
Fantástico anunciou que um novo documentário mostra esse pretenso avanço na
cultura brasileira.
O casal Tiago e Ane criam os dois filhos Dante e
Gael de modo diferente. “A gente não coloca a criança numa caixa, deixa livre
para ela ser o que quiser”, afirma a mãe confiante.
Logo em seguida, a diretora Estela Renner,
responsável pelo documentário “Repense o Elogio”, critica quem chama uma menina
de “princesa”. Isso seria, segundo ela, fortalecer o estereotipo de “loira,
delicada, branca e de olho azul”.
Renner acredita que as mudanças nos elogios teriam
a capacidade de “libertar” a criança e permitir que ela seja “quem nasceu para
ser”. Suas palavras, não por acaso, ecoam o que já havia dito Ane no início da
reportagem.
Em seguida, seguem as opiniões dos especialistas,
conhecida estratégia do jornalismo para fortalecer um ponto de vista que a
matéria deseja estabelecer como o mais correto. O psiquiatra Alexandre Saadeh,
da USP, volta a bater na tecla: “o que as crianças quiserem”.
Entra então o ponto alto da propagando ideológica.
Maíra Kubik, professora do Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da
Universidade Federal da Bahia, derrama uma série de clichês dos movimentos de
esquerda de viés feminista. Pronto! De um documentário nebuloso, que
provavelmente nem passará nos cinemas, chega-se a uma escola no Rio de Janeiro
onde desde cedo as crianças aprendem que “não há um padrão a ser seguido”.
A diretora Mariana Carvalho orgulhosamente diz que,
surpresa, as crianças não precisam seguir regras, afinal podem fazer o que
quiserem. Como um mantra, o conceito da falta de padrões e limites permeou toda
a narrativa da reportagem.
“O que importa é ser feliz”, conclui a diretora.
Corta para a família do início da matéria. O pai diz que o fato de seu filho
mais novo ser confundido com uma menina por que usa uma longa cabeleira é
“normal”. Volta o psiquiatra da USP, reiterando que a criança é quem decide
quem ela vai ser.
Termina assim, com naturalidade, mostrando que os
pais não mandam, os professores não mandam, os limites são maus e os
especialistas aprovam. Crianças podem fazer o que bem entendem, afinal é assim
que construiremos uma sociedade melhor.
Mais um experimento de engenharia social,
fantasiado de matéria jornalística, empurrado goela abaixo da família
tradicional brasileira.
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