Pastor
evangeliza traficantes: “essa é a minha missão”
“A igreja passou a ser um show,
mas Jesus vivia no meio dos pecadores, das prostitutas, dos bandidos”, afirma
André Assis.
por
Raphael Teodoro
O jornal El País publicou em seu site uma matéria sobre o pastor André
Assis, que possui um trabalho de evangelismo nas grandes favelas do Rio de
Janeiro. Nela a equipe de reportagem acompanha o pastor, de 45 anos, pelos
Complexos do Chapadão e da Maré, zona norte do Rio.
“Os grupos de adolescentes ameaçadores que vigiam as ruas se desarmam
diante do chamamento do pastor. Ninguém questiona ou se incomoda com a sua
presença, nem tampouco com a da reportagem. O pastor representa a única
autoridade – além de seus chefes – que eles respeitam e temem,” ressalta a
reportagem.
Com mais de 10 anos trabalhando diretamente com pessoas ligadas ao
tráfico de drogas, o pastor André observou a necessidade de criar um centro de
reabilitação como refúgio e abrigo para os ex-traficantes, o instituto
Revivendo com Cristo.
“Criei este lugar porque percebi que meu trabalho estava incompleto. Uma
vez, numa das situações mais chocantes da minha vida, um traficante me chamou.
Chorava e implorava que o tirasse dali. Não pude ajudar, não tinha aonde
levá-lo”, conta o pastor.
A reportagem ainda cita como alguns dos ex-traficantes agora atuam com o
pastor André nas missões de evangelismo. “Jackson, um jovem de 23 anos,
procurou Assis quando os seus próprios companheiros o condenaram à morte depois
do desaparecimento de uma quantia significativa de dinheiro. Jackson, que fumou
o seu primeiro baseado aos oito anos e era um dos seguranças do chefe de sua
favela, agora usa paletó, leva uma Bíblia na mão e segue os passos do pastor,
procurando evangelizar as pessoas, tomando a si próprio como exemplo. Após
fugir da sentença de morte, Jackson vai se casar e formar uma família, embora
ainda viva no centro de recuperação onde Assis leva quem deseja segui-lo”.
A matéria ainda aborda o crescimento da penetração do evangelho nas
comunidades em relação a queda do catolicismo, além de falar sobre intolerância
religiosa e como muitos não conseguem se desligar do tráfico, mesmo tendo sido
criados na igreja.
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