Brasil
junta-se a países islâmicos, Cuba e Venezuela e vota contra Israel na ONU
Assembleia da OMS mostra que
agenda islâmica é quase onipresente
por
Jarbas Aragão
A Assembleia Mundial da Saúde, realizada semana passada em Genebra,
Suíça, é a mais importante reunião anual da Organização Mundial da Saúde da
Organização das Nações Unidas (OMS).
Contudo, entre as resoluções aprovadas este ano, na 70ª edição,
novamente ocultou-se um relatório positivo sobre Israel e preferiu ceder à
pressão do regime de Assad, reclama a embaixadora Aviva Raz-Shechter,
representante de Israel na organização.
O documento sobre “as condições de saúde no território palestino
ocupado, incluindo Jerusalém Oriental e o Golan sírio ocupado” mostra, desde o
nome, que se tratava de mais uma união de nações islâmicas contra Israel.
Repetindo o que vem sendo feito em outras divisões da ONU, como a
UNESCO, o texto foi majoritariamente desenhado por nações islâmicas e não
critica nenhum outro país além de Israel.
A proposta, copatrocinada pela Síria e pela Autoridade Palestina,
recebeu apoio imediato de Argélia, Egito, Kuwait, Líbia, Paquistão,
Arábia Saudita e Tunísia. Como ocorreu na maioria das vezes, logo se uniram a
eles Cuba e Venezuela.
Embora com uma linguagem menos explícita que a resolução de 2016,
condenou-se Israel e conseguiu-se mantê-lo como objeto de atenção especial com
uma ampla maioria de votos favoráveis (98), com 21 abstenções e apenas 7
contrários.
O Brasil optou por ecoar o voto dos latinos, capitaneado pelos regimes
socialistas de seus aliados Cuba, Equador e Venezuela.
“A ONU permitir que o regime da Síria de Assad influenciar seu foco nas
condições de saúde é um absurdo”, disse Hillel Neuer, diretor executivo da
United Nations Watch, um grupo de monitoramento credenciado com status
consultivo nas Nações Unidas.
“É o auge do cinismo a Síria apresentar uma resolução sobre a saúde dos
moradores drusos do Golan, que na verdade vivem muito bem sob a jurisdição
israelense. Afinal, Assad lança bombas em seus próprios hospitais, ambulâncias
e trabalhadores médicos. A ONU deveria rejeitar o sequestro de sua agenda de
saúde mundial feito pelos regimes árabes e ditaduras aliadas como Cuba e
Venezuela”, desabafou Neuer, lembrando que há guerras em andamento na Síria, no
Iêmen e a situação da Venezuela é igualmente deplorável pela falta de remédios
e de atendimento médico em geral.
Mesmo assim, a OMS só tomou iniciativa contra um país: Israel. “Dos 24
itens da agenda da reunião, apenas o item 19 se concentra em um país
específico: Israel. E a única menção sobre a Síria não está focada na Síria,
mas sim no território que está sob domínio de Israel”, aponta a UN Watch.
Além disso, sugere o investimento de milhões de dólares no sistema de
saúde da Palestina, mas não exige nenhum tipo de prestação de contas. Isso pode
resultar, como já ocorreu no passado, em um desvio de verbas por parte do
governo para patrocinar o terrorismo.
O documento final pode ser lido na íntegra aqui.
Estranhamente, a ONU acusa Israel de violar os direitos de saúde dos
sírios no Golan, quando na realidade os hospitais israelenses oferecem tratamento para os
sírios que fogem para lá após os ataques do regime de
Assad.
O representante do bloco formado por Alemanha, Itália, Holanda, Noruega
e outros 10 países tomou a palavra logo após a votação para dizer que os termos
da resolução não foram claros e que é sabido como Israel colaborou com a missão
da OMS no Golan, mas “o relatório não foi publicado. Isto claramente ocorre por
um pedido sírio”.
Logo em seguida, lamentaram que o OMS virou um palco para politicagem.
“O que só podemos condenar nos termos mais fortes. Isto é particularmente
deplorável tendo em conta a situação de saúde em várias partes da Síria. De
acordo com a ONU, só no ano passado, mais de 300 instalações médicas na Síria
foram alvo de bombardeios”.
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