Estado
islâmico declara “guerra total” a cristãos durante o Ramadã
Ataque em Manchester seria o
primeiro de muitos
por Jarbas Aragão
Os serviços de segurança da Europa e dos Estados Unidos
estão se preparando para um aumento dos ataques terroristas durante o mês
sagrado muçulmano do Ramadã. Oficialmente, ele tem início hoje (26) e se
estenderá até 24 de junho.
Em um vídeo divulgado na internet, líderes do Estado Islâmico convocam
seus seguidores a iniciarem o que chamam de “guerra total” contra “infiéis” do
Ocidente, leia-se cristãos e judeus. A escolha da data não é coincidência, por
que durante o período de 4 semanas de jejum, praticado no mundo islâmico, nos
últimos anos sempre acusou um grande aumento no número de ataques dos
jihadistas.
“Irmãos muçulmanos da Europa, que não podem chegar às terras do Estado
Islâmico, ataquem-nos [infiéis] em suas casas, seus mercados, suas estradas e
seus tribunais”, disse o grupo terrorista em uma mensagem intitulada “Onde
estão os leões de guerra?”, inicialmente publicada no YouTube.
O argumento do material é que o ataque suicida na Manchester Arena, que
matou 22 crianças e adolescentes foi o primeiro passo. “Não despreze o seu
trabalho. Focar nos chamados inocentes e civis é algo que estimulamos e
consideramos o mais eficaz, então prossigam e poderão obter uma grande
recompensa ou martírio durante o Ramadã”, afirma o narrador.
No ano passado, Abu Mohammed al-Adnani, o falecido porta-voz do EI,
emitiu um apelo mundial para que os seus seguidores realizassem ataques do tipo
lobo solitário durante o mês sagrado.
O caso mais notório foi o de um jihadista solitário, que no dia 12 de
junho de 2016 invadiu em uma boate gay de Orlando matando 49 e
ferindo 53. Foi o maior número de mortes em um atentado
nos EUA desde o 11 de setembro de 2001.
Poucos dias depois, ainda durante o Ramadã do ano passado, três
homens-bomba ligados ao EI se explodiram no aeroporto principal de Istambul,
matando 45 e ferindo mais de 250 pessoas.
A contagem final de corpos depois daquele “mês de fúria” foi de 421
mortos e 729 feridos. Foi o Ramadã mais sangrento que se tem registro.
Atingir alvos múltiplos em diferentes países faz parte do projeto
islâmico de deixar clara a mensagem que nenhuma pessoa na Terra está segura ou
imune ao terrorismo.
À medida que os países vão fechando suas fronteiras, tornando mais
difícil para os militantes entrar e sair da região controlada pelo EI, o grupo
terrorista diversificou sua mensagem para incentivar os jihadistas a realizarem
ataques terroristas em seus países de origem.
Um relatório recente do Instituto para o Estudo da Guerra de Washington
indica que o EI está tentando usar o Ramadã deste ano como “uma ocasião para
reorientar sua estratégia”, uma vez que perderam quase todo o território que
detinham no Iraque e na Síria. Com informações Daily Mail
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