Igreja
evangélica “vira” mesquita e pastor confessa que ora a Allah
Líder ortodoxo diz que pastor
deveria ser expulso por enganar a igreja e negar a Cristo.
por
Jarbas Aragão
Vender o templo de uma igreja para muçulmanos transformá-lo em mesquita é
algo que ocorre com frequência na Europa, mas a iniciativa ter o apoio de
pastores locais é sinal que há algo errado.
O prédio da Igreja Pentecostal de Smithfield, na Carolina do Norte,
desde a semana passada abriga o Centro Islâmico de Smithfield. As cruzes foram
removidas e entregues a um grupo de pastores locais. No dia da inauguração,
diversos líderes cristãos estiveram na cerimônia ecumênica, onde foram lidos
trechos tanto da Bíblia quanto do Alcorão.
O pastor anglicano Jim Melynk afirmou que estava retribuindo a tentativa
de aproximação promovida por Ali Muhammad, o líder islâmico da cidade. Além
dele, estavam presentes pastores da Igreja Metodista Unida, Igreja Unida de
Cristo e três igrejas batistas diferentes, além de um membro representando a
igreja presbiteriana.
Ao site WND,
Melnyk afirmou que cristianismo e islamismo possuem “origens e escrituras em
comum”, e que ele tem o máximo respeito pelo Islã, “outra grande religião
monoteísta”.
“Cristãos, judeus e muçulmanos são todos povos do livro, e tomos nós
concordamos com o que as escrituras hebraicas chamam de fé de Abraão”,
asseverou Melnyk. Segundo ele, os islâmicos também respeitam a Bíblia. Contudo,
o Alcorão afirma ser a Revelação final, pois judeus e cristãos teriam
corrompido os ensinamentos de Deus.
Quando foi questionado sobre isso, Melnyk contemporizou: “Todos nós,
humanos, somos imperfeitos. Todos nós lutamos com dificuldades e buscamos
inspiração no divino, mas nem sempre entendemos tudo”, insistindo que judeus,
cristãos e muçulmanos adoram “o mesmo deus”.
Tanto é que ele afirmou ter orado a Allah durante o evento na mesquita.
Para o pastor, ainda que o Islã rejeite o conceito de trindade e negue que
Jesus é o Filho de Deus, a fé islâmica possui “elementos em comum” com o
cristianismo e que ele não pensa na doutrina, preferindo se concentrar em como
Deus trata a todos com misericórdia.
Já Ali Muhammad, responsável pelo centro islâmico que reunirá cerca de
60 famílias, acredita que “é a vontade de Deus que estejamos aqui… Nossa
religião é pacífica, pedindo que amemos o nosso próximo e sejamos amigáveis com
todos”.
Sinal de conquista
O teólogo e especialista em história das religiões Timothy Furnish
discorda das explicações do pastor, lembrando que historicamente esse é um
sinal de conquista. Toda vez que uma igreja é transformada em mesquita para os
muçulmanos é uma mensagem que sua fé é superior e mais forte que a cristã.
Essa era uma prática comum especialmente no início do islamismo, quando
os seguidores de Maomé invadiam cidades e aldeias do Oriente Médio faziam disso
uma de suas principais marcas de conquista. Os cristãos que discordavam eram
mortos, a exemplo do que aconteceu em algumas regiões dominadas pelo Estado
Islâmico nos últimos três anos.
Ao mesmo tempo, o líder ortodoxo Ralph Sidway, autor do livro
“Enfrentando o Islã” desabafa: “esse pastor [Melnyk] “é patético e está
enganado”, por isso deveria ser severamente repreendido pela igreja, ou expulso
para que pare de enganar o seu rebanho, negando a Cristo de forma tão
flagrante”.
Ele rejeita que cristianismo e islamismo tenham origens semelhantes, que
é muitas vezes afirmado. “Essa é a antiga Heresia, que apresenta um evangelho
diferente daquele ensinado por Jesus e um Espírito diferente e por isso deveria
ser rejeitada (Gálatas 1:6-8 e 2 Coríntios 11: 3-4)”.
Para entender melhor por que Allah não é Deus, leia este artigo aqui.
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