DEPUTADOS
EVANGÉLICOS REPUDIAM VOTO BRASILEIRO CONTRA ISRAEL
Sete parlamentares avisam Temer:
“O voto na Unesco não nos representa”
por
Jarbas Aragão
Uma moção de repúdio ao voto do governo brasileiro contra Israel na
última reunião da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura) foi encaminhada ao governo Temer.
A resolução, proposta por países islâmicos, nega a soberania de Israel
sobre sua capital Jerusalém. O documento, assinado por Roberto de Lucena
(PV/SP), Franklin Lima (PP/MG), João Campos (PRB/GO), Pastor Eurico (PHS/PE),
além de outros três parlamentares, critica a postura do Itamaraty na reunião
realizada em Paris no final de abril.
Os sete deputados que assinarem o documento entendem que a postura
brasileira é equivocada, por chamar o Estado judeu de “potência ocupante” de
Jerusalém e negar seus direitos legais e históricos sobre os locais
considerados sagrados, como o Muro das Lamentações e o Monte do Templo.
Essa decisão da UNESCO mostra como existe uma agenda anti-Israel em
vigor nas Nações Unidas. Na avaliação dos deputados, todos ligados a igrejas
evangélicas, o documento que o Brasil assinou é “constrangedor” e “apresenta um
enorme retrocesso” pois traz “verdadeiras aberrações” do ponto de vista
histórico e religioso.
Os parlamentares brasileiros, com base nos princípios universais da
Soberania Nacional e da Autodeterminação dos Povos, pedem que a Câmara dos
Deputados “se manifeste formalmente, repudiando os termos da referida resolução
da Unesco, assim como o voto favorável do governo brasileiro”. Até o momento o
governo Temer e o Itamaraty não se pronunciaram sobre o assunto.
Falando ao portal Gospel Prime, Roberto de Lucena explica que há muitos
deputados, como ele, que apoiam Israel e gostariam de ver o Brasil conservar os
históricos laços de amizade com aquela nação. Nem todos eles assinaram o
documento, mas vários manifestaram seu descontentamento na
plenária.
“Requeri, com o apoio de sete deputados, a moção de repúdio ao voto do
Brasil na Unesco por tratar-se de um desatino… Chamei a atenção da Presidente
Dilma, chamei a atenção do Presidente Temer e de todos os seus ministros das
relações exteriores para os equívocos de nossa diplomacia em relação à Israel
na ONU e na Unesco, assim como chamei a atenção do Congresso. De nada adiantou
nem tem adiantado”, assegurou.
O parlamentar paulista, que também é pastor evangélico, diz que existe um aspecto espiritual nesse processo:
“Estamos virando as costas para as bênçãos que advém dessa relação! Agora não
mais falaremos. Gritaremos… O Brasil renegou o legado de Osvaldo Aranha… Os
brasileiros amam Israel, que é a segunda pátria de todos os cristãos. O voto na
Unesco não nos representa!”.
Quem desejar ler a moção de repúdio na íntegra pode baixar o documento aqui.
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