DEVEMOS
DEFENDER OS CRISTÃOS PERSEGUIDOS, AFIRMA PREMIÊ BRITÂNICA
“O cristianismo tem um papel
importante a desempenhar na Grã-Bretanha”, asseverou Theresa May
por
Jarbas Aragão
A primeira-ministra Teresa May prometeu defender os cristãos perseguidos
em um discurso diante de muitos dos principais líderes cristãos do país, nesta
terça-feira (28). Ela afirmou que o Reino Unido deve se orgulhar de sua
“herança cristã” e acredita ser vital que as pessoas possam falar livremente
sobre sua fé.
Theresa May assumiu o posto em meados de 2016, logo após o início da
crise política causada pelo Brexit – saída da União Europeia. Filha do pastor
anglicano Hubert Brasier, ela sempre disse ser uma cristã devota.
Ao longo de sua carreira política, repetia sempre que a decisão de seguir os
preceitos bíblicos é algo importante em sua vida.
“A fé é uma parte de mim. Uma parte de quem eu sou e de como decido as
coisas”, explicou em entrevista à rede BBC.
Na reunião desta terça, ela agradeceu a todos os presentes no encontro
realizado na residência oficial. “Obrigado por tudo que vocês dão ao nosso país
e pela diferença que fazem em tantas vidas”, afirmou May, reiterando que possui
“uma enorme dívida de gratidão” com a Igreja.
Depois de deixar claro que o encontro foi de “grande importância” para
ela, demonstrou sua preocupação com a perseguição dos cristãos. “É difícil
compreender que hoje as pessoas ainda estejam sendo atacadas e assassinadas por
professarem o cristianismo. Iremos tomar medidas adicionais como governo para
apoiar a liberdade religiosa”.
Além de figuras importantes da Igreja Anglicana, religião oficial do
país, como o bispo de Londres Richard Chartres, a recepção contou com a
presença do Cardeal católico do Reino Unido Vincent Nichols, além de dezenas de
pastores de igrejas menores.
Recentemente, May teve divergências com o Arcebispo de Canterbury, líder
maior da Igreja da Inglaterra, por que o governo inglês não quis mais receber
crianças refugiadas vindas de países muçulmanos.
Aos presentes, a primeira-ministra deixou claro que “a Igreja nem sempre
concordará com tudo o que o governo diz – e o governo nem sempre concordará com
a Igreja”. Contudo, lembrou que havia muitas áreas onde a Igreja e o Estado
poderiam trabalhar juntos.
Fazendo um posicionamento raro para governantes nos dias de hoje,
sublinhou: “Em nosso país, temos uma tradição muito forte de tolerância
religiosa e liberdade de expressão. Nossa herança cristã é algo que todos
podemos nos orgulhar. Devemos assegurar que as pessoas possam falar livremente
sobre suas crenças, e isso certamente inclui sua fé em Cristo”.
O posicionamento dela marca um enorme distanciamento do governo de seu antecessor, Cameron Crowe.
Encerrou dizendo acreditar que “o cristianismo tem um papel importante a
desempenhar na Grã-Bretanha”.
No mês passado, líderes evangélicos disseram que a igreja deveria voltar a ter “papel central” na
Inglaterra, o que gerou grande polêmica por causa do crescimento
político do islã no país, que ajudou a eleger um muçulmano para prefeito de
Londres.
As declarações incisivas da premiê vieram a público em um período
conturbado no país, onde especialistas apontam que
o risco de atentados terroristas islâmicos é o maior desde a década de 1970,
quando havia uma guerra com as forças do IRA. Com informações de Christian Today
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