BISPO
DO IRAQUE DIZ QUE EI CONSEGUIU O FIM DO CRISTIANISMO NO SEU PAÍS
Andrew White acredita que, em
breve, não haverá mais cristãos iraquianos
por Jarbas Aragão
O bispo anglicano Andrew White, mais conhecido pelo apelido “Vigário de
Bagdá”, vem fazendo um alerta para o desaparecimento do cristianismo no Iraque.
“A hora chegou, a história do cristianismo no Iraque terminou. Em breve,
não haverá nenhum cristão”, declarou White em entrevista à
Fox News. “Alguns dizem que os cristãos deveriam ficar para manter sua
presença histórica, mas isso se tornou muito difícil. Todos os cristãos que
fugiram do Iraque e dos territórios capturados pelo Estado Islâmico no Oriente
Médio, dizem a mesma coisa: não há como voltar. Eles já sofreram demais”.
Andrew White foi o maior líder da igreja anglicana no Iraque, mas acabou
forçado a deixar o país em 2014, por causa da ameaça de morte dos extremistas
islâmicos. Ele também enfrentou problemas dentro da denominação por ter usado dinheiro da igreja para libertar
escravas sexuais das mãos dos jihadistas.
O bispo sempre enfatizou que não entregou dinheiro aos radicais
islâmicos. White nega as acusações, afirmando que “em nenhum momento pagamos
dinheiro a quaisquer terroristas”. Ele explica que seu trabalho sempre esteve
focado em ajudar as fugitivas e nunca envolveu dar dinheiro a jihadistas.
Nos últimos anos, o número de cristãos no Iraque diminuiu drasticamente.
Antes da invasão dos EUA, em 2003, havia cerca de 1,5 milhão. Com o Estado
Islâmico declarando seu califado na área que engloba a porção norte do Iraque
em 2014, seguido de relatos recorrentes de perseguições, torturas, estupros e
escravidão, estima-se que 80% dos cristãos iraquianos foram mortos
ou forçados a fugir do país.
Em Mossul, por exemplo, onde as forças armadas iraquianas travam uma
luta há meses com os militantes do EI, em 2007, tinha 35 mil cristãos. Agora
restam apenas 20 pessoas que professam fé em Jesus.
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