TERROR
SÓ ACABA QUANDO ISRAEL ENTREGAR TERRITÓRIOS, DIZ LÍDER PALESTINO
Mahmoud Abbas diz que próxima
cúpula da Liga Árabe tratará do "processo de paz" no Oriente Médio
por
Jarbas Aragão
“O terrorismo não será erradicado
até que a questão palestina seja resolvida”, ameaçou o presidente da Autoridade
Palestina, Mahmoud Abbas. Após receber uma equipe do presidente Donald Trump
ele voltou a dizer que espera que se chegue à “paz” na região.
Sem explicar como isso afeta a guerra jihadista em curso na Síria e no
Iraque, países majoritariamente islâmicos, nem como pretende impedir novos
atentados em nações europeias, Abbas limitou-se a usar da antiga retórica:
“O mundo está completamente convencido de que nem os eventos que ocorrem
no Oriente Médio e em todo o mundo, nem a questão do terrorismo podem ser
tratados sem que se resolva a questão palestina”.
As declarações foram feitas durante uma conferência de imprensa em
Ramallah e estão disponíveis no site da Wafa,
imprensa oficial palestina.
Os palestinos e seus apoiadores repetidas vezes tentam alegar que o
conflito palestino-israelense é um catalisador para grupos terroristas que
propagam o ódio no mundo todo.
Contudo, as autoridades israelenses repetidas vezes ressaltam que o
terrorismo e o extremismo islâmico precedem a criação do Israel moderno e que
os responsáveis pelos atentados nunca mencionam Israel.
Abbas se reuniu esta semana com o enviado especial dos EUA, Jason
Greenblatt, enquanto o governo Trump dá mostras claras de que pretende tomar
ações práticas para que haja paz na região.
O líder palestino também sublinhou que a próxima cúpula da Liga Árabe, a
ser realizada mês que vem em Amã, na Jordânia, tratará de costurar um acordo de
paz baseado na “Iniciativa de Paz Árabe”. Esse antigo movimento garante que
haverá um reconhecimento do Estado judeu feito pelas nações islâmicas assim que
houver um acordo definitivo entre Israel e os palestinos.
Segundo Abbas, “Todos os olhos dos países árabes estarão voltados para
as capitais do mundo, especialmente Washington, para ver o que pode ser feito
por esta administração que garante desejar que a paz seja alcançada”.
O presidente da AP disse que continua esperando uma data para se
encontrar com Trump, após um telefonema do presidente dos EUA em 10 de março.
Seguindo o Alcorão
Apesar do discurso de paz do seu líder, a TV palestina transmitiu na
semana passada um discurso de Mahmoud al-Zahar que afirmou que “remover os
judeus da terra que eles ocuparam em 1948 é um princípio imutável, pois aparece
no Livro divino[Alcorão]”.
Usando um trecho que diz “Os expulsará de onde quer que os tenham
expulsado”, insiste que isso significa remover os judeus das fronteiras
existentes antes de 1948.
“Nossa posição é: Palestina na sua totalidade, e nenhum grão de areia a
menos”, acrescentou Zahar, um ex-ministro do Exterior do Hamas.
“Alá não definiu as fronteiras de 1967 ou as fronteiras de 1948. Vamos
combatê-los [os judeus] onde quer que possamos – no chão, no subsolo e, se
tivermos aviões, vamos lutar contra eles no céu.”
O discurso veio após os relatórios recentes que o Hamas, que domina a
Faixa de Gaza, planeja endossar um estado de Palestina segundo as fronteiras de
1967. Essa mudança de postura deverá ser publicada em abril, após o gabinete
político do grupo concluir suas eleições internas.
Como de costume, os líderes palestinos, expressam às agências noticiosas de
língua inglesa que aceitariam um estado palestino segundo as linhas anteriores
a 1967, os porta-vozes oficiais do grupo e os meios de comunicação em árabe
continuam lembrando o povo palestino que seu objetivo é “libertar” todo o
território que hoje é o Estado de Israel.
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