Cunha
diz ser evangélico, mas quer ajuda do papa para sair da cadeia
Ex-deputado critica a “ditadura
da República de Curitiba”
por
Jarbas Aragão
Preso há quase um ano, o ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo
Cunha tem procurado de todas as maneiras obter um habeas corpus e
responder em liberdade às acusações de corrupção que pesam contra ele.
Apesar de se dizer evangélico, ele tomou uma medida drástica: apelou
para o papa. Segundo a carta-protesto divulgada por ele, Cunha foi injustiçado
enquanto outras pessoas envolvidas na mesma operação da Lava Jato já foram
libertadas.
Escrita da carceragem do Complexo Médico Penal, em Curitiba, onde está
preso, a carta é uma crítica contra o ministro Edson Fachin, relator da
Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) e o que ele chama de “ditadura da
República de Curitiba”.
A frase é uma alusão aos trabalhos do juiz Sérgio Moro e os procuradores
da força-tarefa que vem expondo a público os desmandos ocorridos principalmente
durante os governos petistas.
Preso desde outubro do ano passado, Cunha se compara a José Dirceu, que
já foi solto, e reclama do acordo firmado com os donos da JBS, quem ele afirma
serem próximos de Fachin.
Ainda que mencione o papa, o ex-deputado não explica o que espera do
pontífice, uma vez que, como ele mesmo afirma, não é “o representante de Deus
na Terra”. Para Cunha, o que ele sofre é uma injustiça, uma vez que membros da
família de Aécio Neves e o ex-deputado Rocha Loures, que foram detidos pela
Polícia Federal a menos tempo, já estão soltos.
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