“Bingo, o Rei das Manhãs”: Sucesso, drogas e
conversão
Filme
narra a vida e os dilemas do ator Arlindo Barreto, que interpretou o Bozo nos
anos 1980, jogou-se nas drogas e se tornou pastor
por Tiago Abreu
O filme Bingo, o Rei das Manhãs, que conta a história de Arlindo
Barreto, é estrelado por Vladimir Brichta e pretende misturar comédia com
elementos de drama. A fusão diz um pouco a respeito de Arlindo que, hoje, com
64 anos, é pastor, mas viveu uma vida de drogas no passado.
A produção audiovisual será
lançada nesta semana, mas tem chamado a atenção do público e da imprensa há
meses, de acordo com o relato de Arlindo feito para a equipe da produtora. “Os
jornalistas estão atrás de mim. O que eles querem saber ainda? Já contei tudo”,
afirmou.O pastor afirma que relutou, inicialmente, o uso de sua história para o
roteiro do filme. Mas, com Luiz Bolognesi, acabou por aceitar. Apesar dos vários
Bozos que já existiram, Arlindo ganhou destaque por situações curiosas como
“cheirar cocaína até o nariz sangrar”.
A pré-estreia do filme se deu
em São Paulo, na semana passada, onde compareceu ao lado da esposa e de três
filhos. Pastor da Igreja Batista, Arlindo conseguiu deixar o vício por
tratamentos de desintoxicação e viajou pelo Brasil para divulgar a fé cristã.
Daniel Rezende, que estreou
na direção da obra, gostou da história de mudança de vida do pastor, agora
retratada em filme. “É uma fábula sobre um sujeito imprevisível atrás da
máscara”, afirma.
“O palhaço do programa
infantil é oposto do personagem Augusto na vida diária: apronta todas e não dá
a mínima para o filho”, acrescentou o diretor, que também já trabalhou no
clássico Cidade de Deus (2002) como assistente de direção.
O diretor também afirma que
há diferenças entre o personagem do filme e o pastor Arlindo. “Há situações no
filme que Arlindo não viveu”. O ator Vladimir Brichta, que o retrata, acredita
ser um papel importante. “Fiz comédia ligeira em teatro, TV e cinema, mas
chegou a hora de entrar em um personagem mais complexo”, completou.
Os dois acreditam que a obra
cinematográfica é diferente das comédias que fazem sucesso no país. “O
brasileiro precisa do escapismo da comédia. Vamos ver se ele consegue se
divertir com a história de um herói que também provoca lágrimas”, completou
Daniel. Com informações IstoÉ
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