Evangélicos
protestam contra Alcorão: “Guia de estupros e assassinatos”
Membros de igreja pentecostal
fazem protesto no Rio de Janeiro
por Tiago
Abreu
Um grupo evangélico formado por membros da Igreja Pentecostal Geração
Jesus Cristo sob direção do pastor Tupirani da Hora Lores, fez um protesto
contra muçulmanos, no Arpoador, em Ipanema, bairro nobre da cidade do Rio de
Janeiro. A ação se deu no último sábado (12).
O protesto, que gerou polêmica nas mídias sociais, surgiu por
coincidência no mesmo dia do apoio recebido pelo refugiado sírio Mohamed Ali
por cariocas em Copacabana – o chamado esfirraço –, pelo fato do sírio ter sido
agredido e chamado de terrorista. A manifestação, no entanto, se deu a
quilômetros da ação de apoio ao sírio.
Entre os cartazes apresentados pelos 20 membros da igreja a qual foi
responsável pela manifestação, estavam afirmações de que muçulmanos são
“assassinos, sequestradores e estupradores”. Os integrantes estavam vestidos de
preto. A igreja se localiza no Morro do Pinto, na zona portuária da capital
fluminense
De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo e Extra o
pastor Tupirani da Hora Lores foi condenado na Justiça do Rio de Janeiro, em
2012, por fazer crítica a várias religiões como a Umbanda (em 2009), o Judaísmo
(em 2012) e também a outras igrejas evangélicas pentecostais, como a Assembleia de Deus.
Com relação a Assembleia de Deus, Tupirani e seu seguidor, Afonso
Henrique, faziam pregações para o fim da igreja. Ao ser interrogado em 2012,
Henrique admitiu os crimes dizendo que por seguir a Cristo deve acusar todos os
outros conceitos que são contrários ao Evangelho. Ele disse também que não
existe pai de santo que seja heterossexual e que a homossexualidade é possessão
demoníaca.
O vereador Marcelo Arar (PTB-RJ), responsável por entregar a Mohamed uma
moção de apoio feita pela Câmara dos Vereadores na segunda terça-feira do mês
(8), acredita que a atitude do grupo de manifestantes foi gerada por
preconceito.
“Associar toda uma religião ao terrorismo é um ato de ignorância, mas os
cariocas deram a prova de que atitudes com essas são sufocadas pelo nosso
acolhimento e solidariedade. O Mohamed foi abraçado não apenas pela agressão
que sofreu, mas pelos xingamentos que recebeu por ser muçulmano”, afirmou.
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