Menino
de 12 anos inicia tratamento para “troca de gênero” contra a vontade do pai
por Tiago
Abreu
Por orientação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Vara da
Infância e da Juventude da comarca da cidade de Uberlândia concedeu tutela
antecipada para poder garantir o tratamento de interrupção da puberdade de um
adolescente de 12 anos.
Classificado com o transtorno de identidade sexual por meio de relatório
produzido pela equipe multidisciplinar da Universidade Federal de Uberlândia
(UFU), o adolescente será submetido ao tratamento com o apoio da mãe e com a
discordância do pai.
A intenção é de interromper a puberdade para que seja avaliado, com
maior detalhe, se se enquadra de fato no gênero feminino. Assim, receberá
acompanhamentos médicos, psicológicos e psiquiátricos por mais quatro anos, até
atingir idade que lhe permita ter uma decisão definitiva.
Vestido de forma a ser associado ao gênero feminino, o adolescente
esteve na Promotoria de Justiça dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Acompanhado da mãe, disse que se comporta e se sente como pessoa do gênero
feminino e, por isso, deseja fazer uso da medicação prescrita pela equipe da
UFU.
A equipe multidisciplinar da UFU, que envolve enfermeira, médica, psicóloga
e psiquiatra, afirma que a medicação é de caráter preventivo, e caso mudar de
ideia, os efeitos são reversíveis. Os argumentos foram colhidos – e aceitos –
pelo promotor de Justiça da sessão.
A posição pode ser definida em absoluto aos 16 anos de idade. Até lá,
continuará a receber acompanhamento psicossocial e não tomará hormônios
femininos. Caso querer permanecer dentro do gênero masculino, o tratamento pode
ser interrompido e as características físicas do sexo masculino surgirão
naturalmente.
O transtorno de identidade sexual, no entanto, ainda é fruto de várias
polêmicas. O jurista Guilherme Schelb, ao contrário da decisão judicial do MP
de Minas, acredita que as terapias são de efeito negativo para a saúde
infantil, de acordo com entrevista cedida a um programa televisivo.
“O que eles querem é exatamente esta ruptura entre o sexo biológico das
crianças e o seu comportamento sexual. Isto faz parte, não somente do Partido
dos Trabalhadores, mas também de uma lógica marxista socialista cultural”,
afirmou. Com informações Bhaz
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