PASTOR NÃO DEVERIA SE VALER
DO MINISTÉRIO PARA SE ELEGER, AFIRMA REVERENDO
Augustus Nicodemus
comenta o chamado pastoral e o chamado para a vida pública
por Leiliane
Roberta Lopes.
O reverendo
Augustus Nicodemos Lopes, da Igreja Presbiteriana de Goiânia (GO), respondeu em
um programa da IPB a seguinte pergunta: um pastor, eleito em cargo
político, deve abdicar do ministério pastoral?
A dúvida de um
ouvinte era se o cargo pastoral é incompatível com a vida política, algo cada
vez mais comum no Brasil e que deve aumentar ainda mais nos próximos meses por
conta das eleições municipais.
Nicodemus entende
que com o crescimento dos evangélicos, o grupo se torne alvo de políticos em
busca de votos, lembrando que a vida cristã exige que as pessoas participem de
outras áreas da vida, inclusive a política.
“O cristão ele tem
não somente a liberdade, mas também o dever de se envolver em todas as áreas da
vida”, explica o reverendo presbiteriano lembrando da importância social e
política que a reforma protestante trouxe ao mundo.
Mas para ele, o
cristão que pretende se candidatar deve se preocupar no bem social de todas as
pessoas, não apenas do grupo que ele representa.
A política seria o
ministério civil, diferente do ministério pastoral que exige dedicação ao
cuidado das almas. “Ele (o pastor) tem que amparar os fracos, levantar os
abatidos, mostrar o caminho da verdade”, ensina.
Para o reverendo,
uma pessoa com chamado pastoral deve se dedicar e priorizar isso. Por isso,
quando a pessoa desejar o cargo público ele deve abdicar do pastorado ou então
não utilizar o cargo para ser eleito.
“Não é justo que
ele se valha do chamado pastoral para se eleger político. Se ele vai ser
político, que ele abra mão da posição pastoral”, diz.
Nicodemus também
acredita que os políticos evangélicos não devam se posicionar apenas para
proteger a igreja evangélica, mas para procurar o bem comum da sociedade.
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