ESPECIALISTAS DISCUTEM
ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS
“O Estado interfere
onde não deve", asseveraram no programa Bate-Papo da Rede Super
por Tiago
Abreu.
A emissora de
televisão mineira Rede Super, por meio do programa Bate-Papo, trouxe a lei aprovada pela
Câmara Municipal de Belo Horizonte neste mês (15) acerca da obrigatoriedade da
disciplina de Ensino Religioso em escolas municipais.
Durante a
realização do programa, foram chamados dois especialistas para debater o tema.
Estiveram presentes o advogado Leonardo Girundi e a coordenadora do Colégio
Batista Getsêmani, Marina Assis.
A opinião dos dois
entrevistados, em grande parte do tempo, foi semelhante. “Se fossemos pegar os
valores éticos e morais das religiões e ensinássemos sobre as religiões, mas
sem proselitismo nenhum, seria interessante”, disse Leonardo.
“Nós sabemos que na
escola, a gente faz parte do papel da família, mas institucionalizar isso? Cada
um deve reconhecer as suas atribuições. Se for para conhecimento, ele liberta,
ilumina nosso caminho. Mas tem a questão do proselitismo, né?”, afirmou Marina,
concordando com a fala de Girundi.
O advogado, então,
fez uma reflexão acerca do papel do Estado neste sentido. “É interessante
pensarmos que isso demonstra uma falta de educação do povo. Uma necessidade de
como se buscar uma situação paterna do Estado interferindo nessas relações.
Isso demonstra que a população tem grandes dificuldades em relações pessoais”.
Entenda
a lei
O projeto de lei
original é de autoria do vereador Vilmo Gomes (PSC) e tem a intenção de que as
aulas promovam o respeito à múltiplas religiões, embora o texto original não
especifique quais religiões serão alvo das aulas ministradas aos estudantes da
rede pública de ensino.
Vilmo, o vereador
que propôs o projeto, diz ter se inspirado na Bíblia para propor o projeto,
embora considere que a disciplina deva envolver outras manifestações
religiosas. “Eu valorizo muito a família, e achamos por bem a colocarmos isso
porque temos a esperança de ver a juventude com um comportamento bem
diferenciado do que nós temos hoje”.
0 comentários:
Postar um comentário