FACEBOOK QUER EXCLUIR MENSAGENS CONTRA GAYS E MUÇULMANOS
Microsoft,
Google e Twitter também contradizem discurso de liberdade de expressão
por Jarbas Aragão
Contrariando todo o discurso de
defesa da liberdade de expressão, as empresas líderes de mídia social
concordaram em combater o “discurso de ódio” em suas plataformas.
Representantes de Facebook, Microsoft, Google e Twitter
assinaram um acordo com a União Europeia sobre isso. Entre os assuntos que
merecem mais atenção estão posicionamentos “politicamente incorretos” sobre
muçulmanos, o aborto e a agenda LGBT.
O pacto é o trabalho da Comissão Europeia, o braço executivo da
UE, constituído por um nomeado de cada Estado membro. O novo código de conduta
coletivo, assinado pelas gigantes da mídia eletrônica, inclui uma série de
compromissos para combater campanhas na internet.
Virginia Coda Nunziante, presidente da Associação para a Defesa
da Família, disse ao site cristão LifeSiteNews: “A maioria de todas as
perversões e corrupções dos costumes na Europa provêm da União Europeia. Este
parece ser o objetivo específico desta instituição”.
Agenda Europe, um site cristão conservador, comentou: “Em sua
visão de mundo, lembrar que aborto significa matar um ser humano, ou que o
casamento deve ser entre duas pessoas de sexo diferente, é considerado ofensivo
para assassinos de crianças e sodomitas, que devem ser protegidos de verdades
simples, mas desagradáveis”.
O site lembrou que as redes sociais claramente “interferiram” no
referendo irlandês sobre a votação sobre a aceitação de “casamento” de pessoas
do mesmo sexo na Irlanda.
Uma das justificativas dessa forma disfarçada de censura foram
os recentes ataques terroristas em solo europeu. A tcheca Vera Jourová,
comissária Europeia para a Justiça, Consumidores e Igualdade de Gênero, afirmou que
“temos uma necessidade urgente de resolver o discurso de ódio online”.
Ironicamente, Jourová classificou o pacto de “um passo
importante para garantir que a Internet continue sendo um lugar de expressão
livre e democrática, onde os valores e as leis europeias são respeitados.”
O chefe de política pública para a Europa, Karen White afirmou
que: “Continuamos empenhados em deixar o fluxo de tweets livre. No entanto,
existe uma clara distinção entre a liberdade de expressão e a conduta que
incita a violência e o ódio”.
As empresas de mídia social assumiram um compromisso de criar
“grupos de interesses especiais” que serviriam para policiar as páginas,
destacando comentários ofensivos e relatá-los rapidamente. Se aceita, o
conteúdo considerado discurso do ódio será apagado dentro de 24 horas. Além
disso, promoveria contra “narrativas independentes” em seus sites.
A representante britânica do Parlamento Europeu, Janice Atkinson
afirmou que não está surpresa: “Já vimos esse ‘policiamento’ no Facebook em
relação a postagens de direita”. Ela acredita que qualquer conservador da
Europa que reclamar que muitos muçulmanos estão entrando no continente irá
enfrentar a censura de provedores de mídia social. “É um caminho assustador
para o totalitarismo.”
Agenda gay e
experimento social
Com mais de um bilhão de usuários diários, o Facebook é um dos
mais influentes formadores de opinião do mundo. No Brasil, existem várias
denúncias de páginas conservadoras que afirmam que a empresa “diminuiu” o
alcance das suas postagens.
Na verdade, os “experimentos sociais” feitos pelo Facebook são
conhecidos. Em 2012, durante uma semana manipulou os
posts de notícias dos usuários para verificar como isso afetou o seu humor.
Tempos depois, a rede social reconheceu e pediu desculpas.
No ano seguinte, fizeram um estudo onde analisavam que fatores poderiam
prever o apoio de uma pessoa ao casamento gay. Na época, críticos sugeriram que
era uma tentativa de impulsionar a “agenda gay” defendida por Zuckerberg.
Ano passado, ofereceram um “filtro de arco-íris” para comemorar
a decisão da Suprema Corte dos EUA que o casamento homossexual é um direito
constitucional. Embora fosse uma questão referente a um país, foi oportunizado
a usuários de todo mundo, o que indica ser mais um de seus experimentos psicológicos. Para alguns especialistas, uma maneira de impor ideias sobre
sua imensa rede de usuários.
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