Luta
de judeus e muçulmanos no Monte do Templo deixa dezenas de feridos
Conflitos começaram após
assassinato de policiais israelenses
por Jarbas Aragão
A disputa pelo controle do Monte do Templo, local considerado sagrado
para judeus, cristãos e também muçulmanos está mais acirrada depois dos últimos
atentados. Na sexta-feira passada (14), dois soldados israelenses foram mortos
e um ficou gravemente ferido no acesso principal ao santuário.
O governo de Israel bloqueou o acesso e instalou um sistema de câmeras e
detectores de metal no último domingo. A medida gerou uma reação violenta da
comunidade islâmica. Durante os vários protestos nesta terça-feira (18), mais
de 30 pessoas ficaram feridas após confrontos com as forças de segurança
israelense.
Segundo a imprensa, o incidente teve início próximo do local em que
muçulmanos faziam suas orações nas ruas, como protesto contra a decisão das
autoridades de instalar os detectores de metais.
O porta-voz da polícia revelou que cerca de 100 manifestantes jogaram
pedras e coquetéis molotov e as autoridades revidaram, aumentando o conflito
que acabou com dezenas de feridos.
Líderes religiosos islâmicos estão pedindo que os fiéis não se
“submetam” a Israel. Muitos estão usando o argumento que a UNESCO lhes garantiu o direito de proclamar o local
como propriedade apenas de islâmicos.
Hoje foi o quarto dia seguido de manifestações no
centro da Cidade Antiga de Jerusalém e as autoridades temem uma “explosão” de
violência após o grupo terrorista palestino Hamas convocar todos os islâmicos
para “um dia de fúria” no local.
Atendendo ao pedido do grande mufti islâmico de Jerusalém, todas as
mesquitas da cidade ficarão fechadas nesta próxima sexta-feira (21), fazendo
uma convocação para que todos os muçulmanos façam suas orações no Monte do
Templo, algo que poderá causar mais violência.
Detector
de metais no Monte do Templo
No alto do Monte do Templo fica hoje a Esplanada das Mesquitas, terceiro
local mais sagrado do mundo para os muçulmanos e que, embora fique no centro de
Jerusalém, oficialmente está sob o controle da Jordânia. Para muitos judeus, o
monte, que abrigou as duas versões do Templo de Salomão deveria ser retomado
pelo governo, dando espaço para a construção de um Terceiro Templo.
A questão já tomou proporções internacionais, quando o Ministro das
Relações Exteriores jordaniano Ayman Al Safadi pediu que a Rússia intervisse para impedir que Israel
fechasse o acesso. Ao mesmo tempo, o rei Salman bin
Abdulaziz, da Arábia Saudita pediu que os Estados Unidos tomasse providências
para que a situação não saísse do controle e escalonasse para uma guerra.
O primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah, classificou a instalação
dos detectores de metal de uma “medida perigosa que dará lugar ao
questionamento da nossa liberdade de culto”. Com isso, o Egito passou a exigir
que Israel retire os detectores de metais e reabra o pleno aceso dos
islâmicos. Com informações de Times of Israel [2]
0 comentários:
Postar um comentário