Muçulmanos
de todo o mundo marcham pedindo retomada de Jerusalém
"Iremos a Al-Aqsa, nossos
milhões serão mártires", gritam manifestantes.
por Jarbas Aragão
Protestos anti-Israel foram realizados em capitais em todo o Oriente
Médio e alguns países da Ásia nesta sexta-feira. Os protestos criticavam a
decisão de se implementar medidas de segurança nas entradas do Monte do Templo,
em Jerusalém.
Após o ataque de três terroristas palestinos que vitimou dois soldados
israelenses na semana passada na entrada do local considerado sagrado por
judeus, cristãos e muçulmanos, o governo de Israel determinou a colocação de
detectores de metal e câmeras, além de limitar o acesso de islâmicos.
Milhares de muçulmanos se reuniram em Amã (Jordânia), Beirute (Líbano),
Istambul (Turquia) e Kuala Lumpur (Malásia) para protestar na tarde desta
sexta-feira, em “solidariedade” com os palestinos e pedindo a “retomada” de
Jerusalém.
Na capital jordaniana, faixas diziam que “Al-Aqsa é uma linha vermelha”
que foi cruzada por Israel, em referência ao nome da mesquita localizada no
alto do Monte do Templo. “Com a nossa alma, com o nosso sangue, nos
sacrificaremos por você, Al-Aqsa”, cantavam.
Enquanto manifestantes incendiaram e pisotearam bandeiras de Israel,
gritavam palavras de ordem como “Iremos a Al-Aqsa, nossos milhões serão
mártires”.
Em Istambul, os protestos contra Israel contaram com a presença do
primeiro-ministro turco, Binali Yıldırım. Ele disse à multidão que a decisão
israelense era “errada” e que uma solução precisava ser encontrada
imediatamente.
Nesta quinta-feira, fiéis turcos tentaram invadir uma sinagoga em
Istambul, afirmando que Israel era um “estado terrorista”, que procurava
bloquear a liberdade de adoração aos muçulmanos. “Se você impedir a nossa
liberdade de culto, então, evitaremos a sua liberdade de culto aqui”, afirmou o
Alperen Hearths, grupo ultranacionalista islâmico.
Nos últimos dias tem crescido a tensão no local, com líderes islâmicos
fechando as mesquitas de Jerusalém e exigindo que as orações de sexta-feira,
dia sagrado dos muçulmanos, sejam feitas na entrada do Monte do Templo.
Por isso, durante todo o dia, milhares de homens protestaram em vários
locais da Cidade Antiga e entraram em conflito com a polícia.
Os governos da Rússia e dos Estados Unidos já foram procurados para que
intervenham na situação, mas ainda não se manifestaram publicamente
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou, no início
desta semana, que os detectores de metal seriam mantidos e que Israel que não
abrirá mão da segurança, mas teme que a situação saia de controle. Com
informações Times of Israel
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