AS 10 MAIORES DESCOBERTAS
ARQUEOLÓGICAS BÍBLICAS DE 2016
Piso do Segundo
Templo e cemitério filisteu estão achados do ano
Um número significativo de descobertas arqueológicas ocorreram em 2016.
Muitas delas têm significado importante na história bíblica. A influente
revista Christianity Today selecionou um “top 10”,
com as mais relevantes, sendo que a maioria foi reproduzida pelo Gospel Prime
ao longo do ano.
Um papiro que remonta ao século VII a.C. foi encontrado por ladrões em
uma caverna no deserto da Judéia. Sua inscrição em hebraico diz: מא]מת. המלך.
מנערתה. נבלים. יין. ירשלמה, [Da criada do rei, de Na’arat, jarros de vinho,
para Jerusalém].
São apenas duas linhas de escrita, mas o texto faz parte de um documento
que comprovava o pagamento de impostos ou uma transferência de bens para
armazéns de Jerusalém. O motivo para a comemoração do achado arqueológico é por
se tratar da “fonte extra bíblica mais antiga a mencionar Jerusalém em escrita
hebraica”, afirma a Autoridade de Antiguidades de Israel (AAI).
Antiga
instalação de produção de vidro
A descoberta de uma antiga ‘fábrica de vidro’, perto da nova linha da
Ferrovia do Vale de Jezreel fornece mais provas de que a Judeia era um centro
de fabricação de vidro no mundo antigo. O local encontrado ao pé do Monte
Carmelo era provavelmente uma das maiores produtoras de vidro da região durante
o Império Romano.
Tesouro
em navio afundado
Um navio naufragou enquanto carregava centenas de objetos, fornecendo um
tesouro raro mesmo para historiadores e arqueólogos.
O espólio inclui estátuas e moedas de bronze provenientes de um navio
romano que afundou no mar Mediterrâneo. A descoberta feita por mergulhadores
estava há pelo menos 1.600 anos no fundo do mar, perto do porto de Cesareia
Marítima, em Israel
.
Ruínas de um palácio que data da época do rei Salomão foi descoberto no
sítio arqueológico de Tel Gezer, em Israel. O local, que fica entre Tel Aviv e
Jerusalém, é identificado com a cidade cananeia de Gezer, citada na Bíblia.
Hoje abriga um parque nacional, que guarda muitos registros da vida ali 3000
anos atrás.
Em escavações recentes, uma equipe de arqueólogos americanos descobriu
uma camada com cerâmica filisteia, o que confere com o relato bíblico sobre
esse povo viver no local até ser derrotado pelo rei Davi (2 Samuel 5:25 e 1
Crônicas 14:16).
A edificação palaciana desenterrada em outra camada do sítio
arqueológico remonta ao século 10 a.C, época em que viveu o rei Salomão. O
complexo possui um grande pátio central, como o de palácios em Hatzor e Megido,
onde o sucessor de Davi também tinha residências reais (1 Reis 9:15).
Centenas
de tabuinhas romanas para escrita
Mais de 400 tabuinhas romanas foram encontradas em Londres, nos confins
do antigo Império Romano. As mais antigas datam do ano 57 d.C.
Piso do Segundo Templo
Chamadas de “tabillas”, elas são de madeira e recobertas de cera, onde
as escritas eram feitas com um tipo de caneta que riscava a superfície. A
Bíblia menciona o uso das tabuinhas ao falar sobre Zacarias, o pai de João
Batista, que utilizou uma em Lucas 1:63.
Os padrões geométricos das pedras e azulejos que formavam o piso dos
pórticos do Templo judaico construído pelo rei Herodes foram identificados pelo
Projeto Peneirar, que investiga toneladas de terra tiradas do Monte do Templo.
Frankie Snyder, especialista em pisos decorativos antigos e que trabalha
com o projeto Peneirar ajudou a reconstruiu as peças. Ele explica que o estilo,
chamado Opus Sectile, era distintivo de pisos exclusivos feitos na época.
Basicamente eram pedras multicoloridas polidas e cortadas para compor uma
diversidade de formatos geométricos.
Originalmente importados de Roma, da Ásia Menor, da Tunísia e do Egito,
os mosaicos que formam o piso foram cortados em diferentes formas geométricas.
Provavelmente foram feitos por artesãos estrangeiros e enviados para Herodes, o
Grande pelo imperador Augusto.
Um cemitério dos filisteus, um dos maiores inimigos dos antigos
israelitas, foi revelado após uma escavação em Ashkelon. Um dos grupos
arqueológicos, a Expedição Leon Levy, anunciou a descoberta após três anos de
trabalho no local.
Daniel Master, um dos chefes da escavação acredita que essa pode ser “a
grande descoberta final” que ajudaria a esclarecer as origens e costumes dos
filisteus. O cemitério tem cerca de 3 mil anos. São mais de 210 corpos num
local inegavelmente ligado aos filisteus mencionados na Bíblia.
Para Master, a análise de DNA dos restos mortais poderá determinar a
proximidade de parentesco com outros povos da região e apontar para as
verdadeiras origens dos filisteus. Esta é uma questão com desdobramentos
importantes, uma vez que pode mostrar como os palestinos modernos são incapazes
de comprovar sua ascendência.
Caverna
encontrada perto de Caná
Uma
caverna foi descoberta Caná e Nazaré de onde rochas de calcário eram extraídas
e transformado em copos, tigelas e frascos. Nos dias do Novo Testamento, o
material, que lembra o mármore, era altamente valorizado por simbolizar a
pureza ritual.
A
proximidade do local com a cidade de Caná sugere que podem ter vindo de lá os
jarros de água utilizadas durante o casamento em que Jesus esteve com seus
discípulos. Segundo João 2: 1-11, ali ocorreu o primeiro milagre público, com a
transformação de água em vinho.
Classificando-as
como “uma descoberta importante e incomum”, a Autoridade de Antiguidades de
Israel (AAI) afirmou que as escavações no Parque Nacional Laquis, no centro de
Israel, revelaram um “santuário pagão” do período do Primeiro Templo, por volta
do século 8 a.C.
No texto
de 2 Reis 18: 4, lê-se que o rei Ezequias “Tirou os altos, quebrou as colunas,
e deitou abaixo a Asera [postes sagrados]”.
Para ele,
“esta é provavelmente a evidência mais clara da reforma religiosa atribuída ao
rei Ezequias, quando os lugares de culto [altos] edificados fora da capital
foram todos destruídos”.
Além de
cortar as pontas do altar, Ezequias colocou uma espécie de vaso sanitário no
lugar mais sagrado, selando assim o fim da adoração no alto, com a “maior
profanação” possível. Na verdade, o “vaso” era uma pedra em forma de cadeira
com um buraco no meio. Foi algo apenas simbólico, pois os testes mostraram que
nunca foi usado.
Segundo a
tradição católica e ortodoxa o local que seria o túmulo em que Cristo foi
colocado, foi aberto em outubro. A pedra, localizada no interior de uma Igreja
em Jerusalém, não era vista desde o ano de 1555, quando foi construída uma
“edícula” no local.
O local
originalmente era um altar e ficava no centro da Basílica do Santo Sepulcro –
uma das igrejas mais antigas do mundo, construída em 325 d.C. a mando do
imperador Constantino.
Feita de
mármore, a estrutura fica sobre uma plataforma de pedra calcária, onde o corpo
de Jesus teria repousado após a crucificação. Apesar de contestada por
estudiosos, o local é visitado anualmente por milhares de peregrinos cristãos.
“Parece
ser uma prova visível de que a localização do túmulo não mudou ao longo do
tempo, algo que os cientistas e historiadores se perguntaram por décadas”,
disse Fredrik Hiebert, arqueólogo da National Geographic, que transmitiu o
processo de abertura da tumba.
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