PASTOR
É DEMITIDO APÓS CRITICAR LEITURA DO ALCORÃO NO CULTO
Ex-capelão da rainha pede que os
cristãos busquem igrejas 'bíblicas'
por Jarbas Aragão
O pastor Gavin Ashenden fez várias críticas públicas às igrejas que
convidaram muçulmanos para ler trechos do Alcorão nos cultos, em nome da
“tolerância”. Por causa disso, o ex-capelão da Rainha acabou forçado a
abandonar o cargo. Agora, está pedindo aos cristãos do Reino Unido que
abandonem a Igreja da Inglaterra e procurem congregações mais “bíblicas”.
Em entrevista recente, ele denunciou a Igreja
Anglicana, denominação a qual pertence, afirmando que ela estava mais
preocupada com política do que com espiritualidade.
Insatisfeitos com a postura da liderança nacional, está fazendo um apelo
público para que os fiéis rompam com a tradição e procurem igrejas “que tenham
mantido o máximo possível dos valores históricos, apostólicos e bíblicos”.
Membro do sínodo geral – a cúpula da Igreja da Inglaterra – durante 20
anos, o pastor Ashenden apresentava um programa de rádio semanal chamado “Fé e
Ética” na rede estatal BBC. Ele também atuava como capelão da Rainha Elizabeth
e da família real.
Porém, na semana passada ele viu seu ministério chegar ao fim devido à
pressões internas dentro da igreja. O motivo seriam suas críticas abertas e
constantes depois que a catedral Anglicana de Glasgow, Escócia, convidou uma
muçulmana para ler um trecho no Alcorão onde se nega que Jesus é o filho de
Deus. Por sua vez, o pastor Kelvin Holdsworth, responsável pela
catedral, foi elogiado pela iniciativa.
Defendo o Cristo que eu sirvo
Em seu blog pessoal, o ex-capelão afirma que foi pressionado a pedir
demissão por “altos funcionários” do Palácio de Buckingham. Insatisfeito, ele
reclama que o liberalismo teológico comprometeu seriamente os rumos da Igreja
Anglicana, que já aceita, por exemplo, pastores e bispos homossexuais.
Ele havia levado suas denúncias aos jornais ingleses,
publicando artigos sobre o assunto. O líder religioso disse que não pretende se
aposentar, e insiste: “Tenho muito claro em minha mente qual é o meu dever e
minha consciência. Segundo minha compreensão do cristianismo, eu deveria estar
sempre defendendo o nome do Cristo que eu sirvo”.
Ashenden acredita que há sinais inequívocos que a Igreja anglicana está
morrendo. “Não tenho certeza de resta muita coisa em uma Igreja que só deseja
ser aceita como uma espécie de conselheiro não intrusivo de uma cultura secular
e hedonista”. Finalizou reclamando: “Nossa igreja sente-se mais confortável
confiando na política que no poder do Espírito Santo, razão pela qual homens
como John Wesley tinham tanta dificuldade em permanecer na denominação”.
0 comentários:
Postar um comentário