PREFEITURA
PROÍBE LIVROS ESCOLARES COM TRECHOS SOBRE HOMOSSEXUALIDADE
Escolas só poderão entregar
livros após páginas serem revisadas.
por Tiago Abreu
A
prefeitura da cidade de Ariquemes, a terceira maior do estado de Rondônia,
proibiu a entrega integral de livros em escolas públicas que possuem trechos
acerca de casamento homossexual, diversidade sexual ou preservativos. Segundo
informações divulgadas pelo G1, os trechos seriam “suprimidos”.
As obras
foram entregues às escolas em agosto do ano passado, no entanto, a proibição em
vigor desde ontem (23/1), foi feita entre o prefeito de Ariquemes, Thiago
Flores, juntamente com 12 vereadores do município. O procedimento será
fiscalizado por uma comissão.
Os
primeiros registros de discussão acerca do tema se deram ainda em janeiro. Este
mês, oito dos 13 vereadores de Ariquemes protocolaram um ofício para solicitar
a suspensão e o recolhimento dos livros didáticos disponibilizados pelo
Ministério da Educação (MEC) que serão distribuídos em 2017.
De acordo
com as avaliações dos políticos, a intenção é de impedir que temas relativos à
identidade de gênero, ora também chamada de ideologia de gênero, não seja alvo
de discussão ou pauta em instituições escolares públicas da cidade rondoniense.
O vereador
Amalec da Costa (PSDB) afirma que na cidade existe uma lei em vigor que impede
a ministração de aulas sobre gênero nas escolas. Ele acredita e afirma que “90%
da população do município seja defensora da família tradicional”.
“Todos
estes livros enviados pelo MEC vêm com conteúdo de formação de família por
homossexuais, orientação sexual, uso de preservativo. Entretanto acreditamos
que estes assuntos devem ser abordados pelos pais e não nas salas de aulas,
principalmente, por lidar com crianças”, afirma.
“Embora
as aulas iniciem no dia 6 de fevereiro, há um período em que os professores
chamam de diagnóstico, onde todas as aulas são ministradas sem o uso do livro
didático. Uma comissão fiscalizará em cada instituição de ensino a supressão
deste materiais, pois todos os livros já estão nas escolas”, diz o prefeito
Thiago Flores.
O
vice-prefeito da cidade, Lucas Follador (DEM), afirma que não pretendem
prejudicar os estudantes da rede pública de ensino. “Iremos verificar onde se
encontram estes livros para saber como será feita a substituição deles sem que
haja danos nos materiais didáticos dos alunos”.
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