Israel não pode ocupar terras palestinas indefinidamente,
ameaça Obama
“Todos nós
podemos ser colegas de trabalho de Deus", afirma presidente americano
por Jarbas Aragão.
Em seu último discurso como presidente
dos Estados Unidos diante da Assembleia da ONU, Barack Obama, afirmou que o
mundo está em uma encruzilhada entre um futuro com um sistema integrado,
liberal e um perigosamente dividido por “linhas antigas” que separam por raça e
tribo.
O discurso – descrito por funcionários da Casa Branca como um
resumo da sua política externa – atacou grandes potências. A França foi
criticada por ter proibido mulheres muçulmanas de usarem suas vestes
tradicionais, a Rússia por buscar “recuperar glória perdida através da força” e
a China por negar a democracia ao seu povo. Ao falar de Israel, reclamou de sua
continua “ocupação e regularização de terras palestinas.”
Há “falhas profundas na ordem internacional existente”, expostas
pelas forças turbulentas da globalização, advertiu o presidente americano. Para
ele, existe uma competição internacional entre autoritarismo e do liberalismo,
agravados pela desigualdade histórica e desnudado para as massas através de
avanços tecnológicos na comunicação.
Ao mesmo tempo que falou de forma genérica sobre a “ perda de
confiança das pessoas nas instituições”, foi específico ao mencionar que “Em
vastas áreas do Oriente Médio, a segurança e a ordem básica das coisas foram
quebradas”.
De acordo com o Jerusalém Post, ele enumerou as três grandes forças que
lutam “contra o progresso”: o fundamentalismo religioso, o nacionalismo
agressivo, e populismo barato, usando o tom globalista que caracterizou boa
parte de seus anos na Casa Branca.
Depois, voltou a mencionar o conflito entre Israel e os
palestinos, Obama usou um tom de ameaça ao dizer que o Estado judeu não “pode
ocupar indefinidamente as terras palestinas”. Também avisou que para os
palestinos seria melhor se eles “rejeitassem a provocação”.
Segundo Obama, o acordo nuclear fechado entre as potências
mundiais e o Irã no ano passado foi um de seus grandes feitos na política
externa: “Quando o Irã concorda em aceitar restrições de seu programa nuclear,
isso aumenta a segurança global”. Ignorando o fato que Teerã está gastando bilhões com
armamentos e continua ameaçando bombardear Israel, ressaltou:
“Resolvemos a questão nuclear do Irã com a diplomacia”.
Perto do fim de seu discurso, Obama surpreendeu ao citar o
pastor e ativista negro Martin Luther King (1929-1968), pedindo que os líderes
mundiais não pensassem em si mesmos como “divisores”, assegurando “Todos nós
podemos ser colegas de trabalho de Deus”.
Obama planeja ser
secretário-geral da ONU
Embora não trate do assunto publicamente, Barack Obama estaria
planejando seus “próximos passos” após o final de seu mandato em dezembro. Segundo o jornal Washington Times, ele estaria cogitando
se tornar o novo secretário-geral das Nações Unidas.
No último dia de 2016, encerra-se o segundo mandado do
sul-coreano Ban Ki-moon à frente da organização. A Assembleia-Geral vai ocorrer
em setembro. Os Estados-membros vão entrevistar aqueles que se candidatarem.
Uma das demonstrações de força que o presidente americano daria pode ser
apresentar uma “solução final” para o conflito de Israel e Palestina.
Segundo um relatório do The Wall Street Journal, Obama está
tentando iniciar uma retomada no processo de paz entre Israel e a Autoridade
Palestina. Para isso, cogita usar resoluções do Conselho de Segurança das
Nações Unidas, cujos membros permanentes são China, França, Rússia, Estados
Unidos e Reino Unido.
0 comentários:
Postar um comentário