CEMITÉRIO FILISTEU É
DESCOBERTO E PODE REVELAR A VERDADE SOBRE OS “PALESTINOS”
Exames de DNA
mostram que os filisteus eram um povo diferente dos cananeus
por Jarbas
Aragão.
O gigante Golias é
possivelmente o maior símbolo do povo filisteu, descrito na Bíblia como um
grande inimigo de Israel. Uma descoberta extraordinária pode explicar agora
mais detalhes sobre as origens desse povo e o quanto eles têm em comum com os
árabes que afirmam serem seus descendentes e, com isso, exigirem a posse da
terra.
Arqueólogos escavam
a cidade costeira de Ashkelon (ou Ascalão) há 30 anos. Um desses grupos, a
Expedição Leon Levy, anunciou neste domingo (10) a descoberta do primeiro
cemitério dos antigos filisteus. Daniel Master, um dos chefes da escavação
acredita que o cemitério é “a grande descoberta final” que poderá ajudar a
esclarecer as origens e costumes dos filisteus.
A descoberta é
importante por que, pela primeira vez, é achado um cemitério de tamanho
considerável, com mais de 210 corpos, em um local conclusivamente ligados aos
filisteus. Ele está localizado fora das muralhas da cidade antiga, tendo cerca
de 3 mil anos.
Com suas 22
“camadas de assentamento”, Ashkelon foi um “grande porto marítimo” no
Mediterrâneo, com população entre 10 e 12 mil, significativamente maior do que
as cidades do interior durante as Idades do Bronze e do Ferro. De fato, esta
foi uma das cinco principais cidades filisteias, juntamente com Gaza, Asdode,
Ecrom e Gate – onde nasceu Golias. Seu fim coincidiu com o fim do povo
filisteu, massacrado pelo exército do rei babilônico Nabucodonosor em 604 a.C.
Para Master, a
análise de DNA dos restos mortais poderá determinar a proximidade de parentesco
com outros povos da região e apontar para as verdadeiras origens dos filisteus.
Esta é uma questão com desdobramentos importantes, uma vez que pode mostrar
como os palestinos modernos são incapazes de comprovar sua ascendência.
Povo
que veio do mar
Os estudiosos
acreditam que os filisteus estavam entre uma série de tribos não-semitas que
atravessaram o Mediterrâneo – vindo possivelmente da Grécia, sua ilha Creta,
Chipre e Anatólia, na Turquia. Eles se estabeleceram na costa cananeia no
início da Idade do Ferro.
Os especialistas,
além de exames de DNA, estão fazendo datação por radiocarbono e outros testes
para identificar com previsão sua ascendência. O nome Palestina não parece na
Bíblia, sendo uma transliteração romana de Filístia – Terra dos filisteus.
O termo se
popularizou no primeiro século d.C., quando o imperador romano Adriano tentou
eliminar a identidade de Israel. Ele mudou o nome de Jerusalém para “Aélia
Capitolina” e decidiu que “Palestina” definiria a região, numa clara provocação
aos judeus rebeldes.
Os relatos egípcios
antigos descrevem diversos “Povos do Mar” que chegaram de navio no final do
século 13 e início do século 12 a.C. Durante o reinado de Ramsés III, eles
tentaram invadir o Egito, mas foram derrotados e foram mais para o norte.
Entre os grupos
mencionados nos relevos do templo mortuário de Ramsés III em Medinet Habu estão
os “Peleset”, a quem os estudiosos associam com os filisteus.
Estudo preliminares
dos ossos encontrados no cemitério já apontaram diferenças fisiológicas na
população filisteia de seus antecessores cananeus e vizinhos israelitas. Com
informações de Times of Israel
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