LÍDERES CRISTÃOS FAZEM CAMPANHA CONTRA MINISTÉRIO
BILLY GRAHAM: “CONSERVADOR DEMAIS”
Cruzada
de Franklin Graham enfrenta oposição por sua postura anti-LGBT
por
Jarbas Aragão
Diversos líderes cristãos da
cidade canadense de Vancouver se reuniram para tratar da cruzada promovida pela
Associação Evangelística Billy Graham. Mas, ao contrário do que aconteceu
durante décadas, eles estão se opondo ao evento.
Desde a aposentadoria do seu
fundador, as cruzadas são realizadas pelo seu filho Franklin Graham, que
preside o ministério. Contudo, seu posicionamento favorável a Trump durante a
eleição fez com que ele passasse a ser tachado de “radical”.
O prefeito de Vancouver,
Gregor Robertson, convocou lideranças católicas e evangélicas para compartilhar
suas “preocupações” com a visita de Graham. Reclamou da postura pública do
evangelista quando fala sobre muçulmanos, gays, ateus e democratas (partido de Obama
e Hillary).
Marcado para acontecer entre
3 e 5 de março, o evento público pretende reunir mais de 25 mil pessoas. O
ministério de Graham realiza várias cruzadas e pregações em todo o mundo, sendo
geralmente muito bem acolhido pela igreja local. Mas em tempos de discursos
politicamente corretos, ele está atraído críticas de vários segmentos cristãos.
Embora muitos líderes evangélicos
canadenses tenham demonstrado apoio, a articulação do prefeito parece estar
levando vantagem. “O prefeito está preocupado com a segurança. As
declarações que [Franklin] Graham faz sobre muçulmanos e gays realmente podem
causar problemas”, assegura o conselheiro municipal Tim Stevenson. Além de
político, ele é também o primeiro homossexual assumido a ser ordenado pastor
pela Igreja Unida do Canadá.
Em uma reunião na última
semana, liderada por Stevenson, foi elaborado uma petição para que se mantenha a
cruzada, mas com outro pregador. Quatorze líderes cristãos apoiam essa decisão,
incluindo o arcebispo católico Michael Miller, diretores de universidades
evangélicas e líderes denominacionais de ramos liberais do cristianismo.
Um dos argumentos usados é que
o discurso “extremista”, no sentido conservador, gera divisão na igreja. “Ele
desumaniza a comunidade LGBT”, reclamou um dos presentes.
Franklin é conhecido por sua
postura aberta contra o casamento gay e sua visão crítica do Islã.
Recentemente, classificou os transexuais de “estranhos”. Na ocasião, reconheceu
que não era uma linguagem polida, mas lembrou que: “Jesus não era muito amoroso
às vezes. Ele chamou os fariseus de víboras, serpentes e sepulcros caiados”.
Também vem apoiando a decisão
de Donald Trump de proibir a entrada de muçulmanos no país. Justificou-se
dizendo que “o Islã é uma religião muito má e perversa”, que declarou guerra
com o Ocidente cristão. Com informações de Vancouver Sun e Christian
Today
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