GRUPO EXTREMISTA MUÇULMANO
BANIDO NA EUROPA ATUA NO BRASIL
“A Religião
Verdadeira” é acusada de ser fachada para recrutar jihadistas
por Jarbas
Aragão.
O grupo extremista
muçulmano “A Religião Verdadeira” foi banido da Alemanha após uma megaoperação
policial em várias cidades. Por ordem do governo eles estão banidos do país,
acusados de “glorificar o assassinato e o terrorismo” e atuar no recrutamento
de jovens para o “Estado Islâmico” (EI).
O Ministério do
Interior alemão investigava desde 2011 o líder do grupo, o palestino
naturalizado alemão Ibrahim Abou-Nagie. Ele pertence à corrente salafista do
Islã, é um movimento ultraconservador dentro do ramo sunita.
Em coletiva de
imprensa nesta terça-feira (15), o ministro do Interior alemão, Thomas de
Maizière, explicou o banimento do grupo. “Sob o pretexto de promover o Islã, e
sob o pretexto de uma distribuição supostamente inofensiva de traduções do
Alcorão em zonas de pedestres, mensagens de ódio estavam sendo propagadas e
pessoas estavam sendo radicalizadas”, enfatizou.
“A Religião
Verdadeira” distribuiu milhares de cópias do Alcorão na Alemanha, onde
Abou-Nagie vivia. Nos últimos anos, voluntários do grupo distribuíam exemplares
em locais com um cartaz que diziam: “Leia! A verdadeira palavra do teu
Senhor!”. Eles estão presentes em 15 países, incluindo França, Reino Unido,
Suécia e Áustria.
A mesma técnica
está sendo usado pela “Religião Verdadeira” no Brasil, único país da América
Latina onde estão ativos. Segundo a Deutsche Welle,
principal agência de notícias da Alemanha, Abou-Nagie esteve em julho por aqui.
Seu grupo está sediado em Florianópolis, onde ele faz distribuição de Alcorão e
literatura islâmica.
A página do grupo no
Facebook mostra os voluntários seguindo a mesma estratégia
que já colocaram em prática em outros países. Todo o layout dos cartazes,
da literatura e das camisetas usadas no Brasil utilizam o mesmo padrão usado
por eles na Europa.
Na rede social é
possível ver que a campanha mais recente ocorreu no último sábado. Procurado na
Alemanha, Abou-Nagie, de 52 anos, aparece participando da distribuição em
Florianópolis.
Em um vídeo
publicado na página, afirma que nunca havia imaginado que estaria no Brasil
promovendo o Islã. Um representante brasileiro aparece em frente a câmera
para lembrar que esse tipo de trabalho na Europa fez com que, segundo ele,
“cerca de 360 mil pessoas aderissem ao islã após conhecerem a verdade”.
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