UNESCO APROVA RESOLUÇÃO QUE
NEGA RELATO BÍBLICO SOBRE JERUSALÉM
Documento tenta
anular laços históricos de judeus e cristãos com cidade milenar
por Jarbas
Aragão.
Em 2015, a UNESCO,
Organização das Nações Unidas para a Educação e Cultura, aprovou 20 resoluções
contra Israel e somente três relacionadas a todos os outros países da Terra.
Este ano, a mais controversa diz respeito à ligação histórica de judeus e
cristãos com o Monte do Templo.
A resolução
promovida por países árabes sobre a quem pertence Jerusalém surgiu em nome da
“proteção do patrimônio cultural palestino”. Em outras palavras, negava todos
os relatos bíblicos sobre Jerusalém como a cidade-símbolo da presença de Deus
na Terra. Citada centenas de vezes no Antigo e no Novo Testamento, ela agora só
poderá ser chamada por seus nomes em árabe na documentação da ONU.
O funcionamento da
UNESCO se assemelha ao da Câmara dos Deputados, existem votações onde todo os
Estados membros votam, uma assembleia, e outras que são decididas em comissões,
com um número limitado de representantes.
O documento votado
e aprovado nesta quarta-feira (26) afirma que a ‘anexação’ de Jerusalém
Ocidental por Israel era ilegal, incluindo o local chamado de Esplanada das
Mesquitas, sagrado para os muçulmanos. A resolução denuncia o que chama de
“danos materiais” causados por Israel aos locais sagrados de Jerusalém.
Foi decidido também
conceder uma assistência financeira aos lugares inscritos como patrimônio
mundial. Como no âmbito da UNESCO a Palestina já é aceita como uma nação
autônoma, receberá o financiamento.
A votação de hoje
foi no escopo do comitê da UNESCO formado por 20 membros: Angola, Azerbaijão,
Burkina-Faso, Croácia, Cuba, Finlândia, Indonésia, Jamaica, Cazaquistão,
Kuwait, Líbano, Peru, Filipinas, Polônia, Portugal, República da Coreia,
Tanzânia, Tunísia, Turquia, Vietnã e Zimbábue. Em voto secreto, o texto final
teve 10 votos a favor, dois votos contrários e oito abstenções. O Brasil não
participa, mas
seu voto dado no dia 16 de outubro é contra Israel e não foi mudado.
Enquanto os países
muçulmanos pediam que não houvesse votação e a aprovação viesse por “consenso”,
os Estados Unidos foram os únicos a se manifestar de forma enérgica, alertando
para os perigos que esse tipo de decisão apresentam em uma região que vive constante
clima de guerra.
Apagando
laços históricos
Com a aprovação de
mais essa resolução, a UNESCO demonstra que deseja apagar os laços históricos
tanto dos judeus quanto de cristãos e aceitar apenas os islâmicos –
Al-Aqsa e Al-Haram Al-Sharif – numa clara tentativa de eliminar os laços
históricos tanto de judeus quanto de cristãos com o local.
Diferentemente de
outros documentos, dessa vez não foi mencionada a importância da cidade para
“as três religiões monoteístas”.
A moção aprovada na
semana passada, incluindo o voto do Brasil, recebeu severas críticas de Israel,
que anunciou o corte das relações e qualquer colaboração de seu país com a
UNESCO.
Após o comunicado
oficial de hoje, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel,
Emmanuel Nahshon, fez severas críticas. “A votação da Unesco sobre Jerusalém é
um lixo, justamente jogada na lata de lixo pelo nosso embaixador. Vida longa a
Israel”, escreveu ele no Twitter.
O embaixador de
Israel junto às Nações Unidas, Danny Danon também condenou a decisão,
classificando-a de “absurda” e “ridícula”, afirmando ser “completamente
desconectada da realidade”. Historicamente, não há registros de nenhum
muçulmano antes do século VIII, quando o Islã foi fundado. Achados
arqueológicos e registros bíblicos mostram que os primeiros judeus habitaram o
local pelo menos desde o século X a.C. Com
informações de Times of Israel e Fox News
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